No dia 11 de Abril comemorou-se o Dia Mundial da doença de Parkinson. Este foi um dia criado pela European Parkinson Disease Association em conjunto com a Organização Mundial de Saúde, com o intuito de reunir mais consciência para esta doença.
Entretanto, as associações e instituições ligadas a esta causa alargaram esta iniciativa a todo o mês de abril, por ainda haver muito trabalho a fazer, tanto ao nível do aumento do conhecimento, como ao nível do estigma existente ao redor deste tema.
Por isso mesmo, deixo aqui o meu contributo para com esta causa!
Não estou certa que todos vós saibam que a doença de Parkinson é progressiva e crónica. Ou seja, não tem cura e os seus sintomas vão piorando ao longo do tempo, visto ser neurodegenerativa. Embora este quadro possa parecer assustador, é possível viver bem com este companheiro indesejado. Vejamos o caso do Papa João Paulo II que continuou as suas funções mesmo após o diagnóstico! E mesmo no anonimato, mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivem com a doença.
Esta não é uma doença nova. Na verdade, desde o tempo dos egípcios que existem algumas descrições sobre uma doença com as características da doença de Parkinson. Contudo, foi apenas em 1817 que o médico inglês Dr. James Parkinson a descreveu pela primeira vez, nomeando-a de “Paralisia Agitante” (“Shaking Palsy”). Anos mais tarde, para o homenagear pela descoberta, foi-lhe atribuído o seu nome e passou a designar-se como doença de Parkinson.
Esta patologia tem diversos sinais e sintomas. Alguns deles surgem anos antes do próprio diagnóstico e outros desenvolvem-se nas fases tardias, mas existem três que são determinantes, por serem essenciais para o diagnóstico da doença, sendo eles:
1. Tremor
O tremor na doença de Parkinson é de repouso. Isto é, surge quando o membro está em repouso e desaparece quando se inicia atividade.
Este é muitas vezes o primeiro sintoma a manifestar-se;
2. Rigidez
Esta rigidez muscular caracteriza-se pelo aumento do tónus, com resistência aos movimentos passivos.
Pode surgir em qualquer músculo e por isso mesmo em qualquer membro ou segmento do corpo, porém é mais comum na zona cervical, ombro e pernas. É relatada como uma sensação de estar “perro” e, não raras vezes, é notada sob a forma de dor, que não responde ao tratamento.
3. Bradicinesia
Este termo tão pomposo é nada mais, nada menos, que a lentidão dos movimentos. Caracteriza-se por uma diminuição progressiva da velocidade e amplitude dos movimentos. A maioria das pessoas refere sentir-se mais lento a realizar as tarefas comuns do dia-a-dia.
Pode também ser notada na expressão facial que se caracteriza por mais parada (hiponímia), a diminuição do volume da voz (hipofonia) ou na caligrafia mais pequena e por vezes ininteligível (micrografia);
Se porventura reconhece estes sintomas em si ou em alguém da sua família deve manter a calma e consultar um médico neurologista, de preferência, especialista em doenças do movimento, porque isso não quer dizer que tenha doença de Parkinson!
Podem existir pessoas com alguns destes sintomas mas que não têm doença de Parkinson, assim como, podem existir pessoas com doença de Parkinson e que apresentam, além de alguns destes sinais, ainda outros sintomas bastante distintos.
O melhor mesmo é obter mais informações aqui https://prinovhelp.pt/fisioterapia-reabilitacao-parkinson/ e, havendo dúvidas, consultar um especialista!